Por uma noite, de que interessava o que a consciência ditava, o que as normas diziam...e o que os outros pensavam.
Se era por uma noite, porque não aproveitar o desejo que invadia o nosso corpo, o fogo da paixão que teimava em queimar os nossos corações e provocar calores inexplicáveis...
Se era por uma noite, porque não deixar de lado as palavras vãs e os comportamentos pre-definidos e ousar ser "doida" e provocadora...ser apenas Eu ?...uma Eu bem diferente.
Olho-me ao espelho e cá dentro cresce o nervoso miúdinho...
A roupa escolhida do dia anterior, faz-me parecer novamente uma colegial.
Sorrio perante a imagem refelectida pelo espelho...estou diferente.
Por debaixo da gabardine, a mini-saia preta, que há algum tempo se encontrava perdida no guarda-roupa pela vergonha de ser muito curta, volta a ser usada, mal escondendo a renda das meias de liga compradas para a ocasião.
As botas de salto alto faziam-me sentir mais segura de mim e a camisola cor de rosa escondia uma lingerie preta, bastante ousada e diminuta.
O cabelo solto e a pouca maquilhagem usada, davam a transparecer uma mulher forte e muito decidida, mas que por dentro tremia e se questionava se aquele era o momento certo.
Ouço o telemóvel tocar...desço as escadas e saio em direcção à rua.
A noite estava fria e começava agora a cair as primeiras gotas de chuva no vidro do carro.
Estava nervosa...ansiava pela experiência, mas ao mesmo tempo temia que a inspiração me faltasse no momento exacto.
Tentavas puxar por mim, que eu falasse, mas da minha boca unicamente saiu um obrigado em sussurro ao teu elogio, de que estava muito bonita.
Depois de 45 minutos de viagem, o meu coração começava a bater cada vez mais acelerado e quando tocaste na minha mão, para me avisar de que tinhamos chegado, sentiste-me gelada e muito pouco a-vontade.
Se queria sair dali...acho que sim. Se tinha medo...também o sentia. Se tinha curiosidade...muita e por isso, sem mais pensamentos, sem mais avanços e recuos, sem mais exitações...saio do carro e dou-te a mão, pedindo-te apenas que não me deixasses nunca sózinha.
Cumprimentaste o porteiro com um longo aperto de mão, como se de amigos se tratassem, mas que há algum tempo não se viam.
Tentei perceber o sentido de tudo aquilo...mas rapidamente perdi o interesse, quando a porta me é aberta e de lá de dentro me vem um mundo completamente diferente.
Não existiam vergonhas, complexos, ciúmes ou até mesmo sentimentos de posse para com a pessoa que ali entrava.
A liberdade era o lema e o prazer, o objectivo.
Continua....
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