Terça-feira, 29 de Janeiro de 2008

Sedução

Era o dia do teu aniversário...e a festinha supresa e a nossa noite romântica tinha de ser adiada.

Não conseguiste resolver todos os teus problemas pendentes e tiveste que ficar mais dois dias em França.

Estava chateada...sim, estou chateada porque te queria aqui ao pé de mim, queria-te dar beijinhos, cantar-te os parabéns, brindar a mais um ano de vida (juntos)...e sim, queria dar-te aquela prenda que tu tanto querias.

Tinha reservado para nós, uma noite inteira num hotel lindo com direito a spa, massagem, piscina, sauna...tudo.

Quando ontem de manhã me ligaste e me disseste que afinal era impossivel estares aqui hoje ao fim do dia, fiquei danada contigo.

Tanto trabalho para nada.

Disparatei contigo, aleguei que o teu trabalho estava sempre primeiro e que eu começava a ficar chateada e triste de estar sempre a ser relegada para segundo plano.

Sem te deixar falar ou explicar o que quer que fosse, desliguei o telemóvel e decidi ir tomar um banho para relaxar e acalmar a neura.

Estava acima de tudo triste porque não ia estar contigo num dia tão importante para ti.

Sem me aperceber da temperatura da água, entro no duche.

A água estava gelada...arrepiei-me toda. 

O dia estava a começar bem, sem duvida.

Tomo um banho rápido, porque para variar, já estou atrasada para ir trabalhar.

Sinto o meu corpo todo arrepiado...os meus seios ficam duros devido a água que percorre todo o meu corpo.

Sem muitas ideias e porque estava um calor fora do vulgar para esta época do ano, abro o armário e procuro um vestido...aquele que comprei na Zara e que era para ser surpresa no teu dia de aniversário.

Era preto e justo o suficiente para se notar todas as curvas do meu corpo. Era perfeito, sem dúvida e eu sabia que ias gostar de me ver com ele e sem nada por baixo.

Mas porque estou triste, decidi não guarda-lo para ti e vesti-o.

O dia passou muito lentamente. Eu sabia que estavas danado comigo, porque te tinha desligado o telemóvel e não te tinha dado tempo sequer para me explicares as tuas razões.

A noite recebi uma mensagem tua a perguntar-me como me tinha corrido o dia, à qual so respondi já passava da meia noite, aproveitando para te desejar um feliz dia de aniversário.

Não me respondeste, nem sequer agradeceste...estavas zangado eu sei.

Ao acordar de manha, a primeira coisa que procurei foi o telemóvel. Queria ligar-te e acabar com aquela birra parva entre nós.

Liguei-te meio envergonhada, não sabia o que dizer. Tu atendeste com uma voz de quem tinha acabado de acordar e a primeira coisa que me dizes é: "És mázinha, sabias? Já te passou a birra?"

Sorri e sem querer voltar ao assunto do dia anterior, falamos horas a fio do que te tinha impedido de estar ali comigo naquele momento. Falei-te nas surpresas que te tinha preparado e no quanto estava triste por não as poder fazer. Mas tu surpreendeste-me com um pedido invulgar vindo de ti.

"Porque não termos um momento de paixão, de intimidade atraves da net?

Sei que não é a mesma coisa, mas ambos temos cameras e podiamos aproveitar esse facto para brincarmos um pouco a distância. Que me dizes?

Era uma pequena prenda tua neste meu dia."

Em dois anos que estavamos juntos, nunca tinha pensado naquilo, até porque nunca foi preciso, sempre estivemos juntos, por isso acedi ao teu convite.

Queria que fosse algo especial, por isso pensei em todos os pormenores, era o teu dia de aniversário.

Quando à noite liguei a net, tu já la estavas. Começamos a falar do nosso dia, como tinham corrido as coisas e a meio da conversa, sem qualquer encadeamento, dizes-me "sabes que estou com a vontade louca de te possuir, de fazer amor contigo? É pena não estares aqui comigo, agora."

Ri-me e a querer provocar-te, levanto-me e pergunto-te o que axavas do vestido novo que tinha comprado para ti.

Era justo o suficiente para veres todas as curvas do meu corpo e curto o suficiente para deslizares o teu olhar pelas minhas pernas de forma lenta e avaliadora.

Com um ar de menina mázinha, pergunto-te a opinião e tu respondes-me com um riso matreiro : "estas muito bonita...onde vais?"

"Axas que fico melhor com ele ou sem?"

"Talvez sem, que me dizes? Até porque está tanto calor!!"

Dispo-me para ti.

Primeiro uma alça, depois outra. O vestido começa a deslizar lentamente pelo meu corpo mostrando a lingerie preta e rosa que tinha comprado.

Olhas para o soutien e com um ar de menino atento e dizes-me que não conheces aquela lingerie. Mas à medida que o vestido desce, vejo os teus olhos brilharem e a tua expressão a modificar-se.

Uma lingerie perfeita, toda ela preta adornada de uma fita cor-de-rosa de cetim, meias de liga pretas e cinto a condizer.

Estas perfeita, dizias tu com um ar embevecido. Deixas-me doido e isso não se faz!

O teu desejo tinha aumentado o suficiente para fazer crescer o teu sexo, a tua loucura e a tua imaginação.

As tuas mãos começavam a percorrer todo o teu corpo, acariciavas-te, pedias-me para não te deixar suspenso naquele desejo, pedias-me que te ajudasse a alcançar o orgasmo.

Da minha boca saiam palavras sensuais. Eu comandava-te, comandava a tua imaginação e os teus movimentos.

Sem pensar, fui inventando uma história para nós dois, à qual ias dando dicas para apimentar ainda mais a nossa imaginação e o nosso momento. As minhas mãos começaram também elas a ter vontade própria e a deslizar pelo meu corpo em busca do prazer.

Eu ouvia os teus gemidos e isso dava-me ainda mais vontade de me tocar, de me descobrir, de alcançar o prazer.

As tuas mãos, que pareciam não querer parar, param por um instante para tirares as ultimas peças de roupa que tinhas. Precisavas sentir-te livre.

O controle era meu neste momento e antes de alcançar eu própria o limite do prazer, eu queria ver-te atingir o orgasmo.

Baixo a camera, mostrando-te o que própria estava a fazer, como me acariciava, como o desejo me invadia e me fazia ficar humida perante o teu próprio desejo. Eu sabia o quanto isso te deixava louco e à minha mercê.

A adrenalina subia a cada minuto que passava e em poucos minutos, e imaginando nós próprios uma história em que ambos eramos os protagonistas mas não os únicos protagonistas, atingimos um orgasmo saboroso, que nos deixou na ideia a vontade de tornar real a história por nós inventada.

 

 

 

publicado por fofinhatuga às 14:19
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